quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Sagrada Família

Eu estou com dificuldades de acessar a internet lá de casa. Já tinha escrito isso faz tempo e soh agora posto. Mesmo assim, faltando algumas fotos. É de terça.

Hoje eu fui pra aula de metrô de novo, com a Alinna e a Natália. Ai, o metrô essa hora é insuportavelmente cheio. E o chato é com aquele tanto de roupa, eu até suo (do verbo suar) lá dentro e quando saio, é aquele friozão. Não me admira se aparecer uma gripe... Nada, eu sou forte! Desde ontem que tava com a maior cólica. A Alina me deu um remédio russo que pra noite deu certo. Mas aí hoje, antes da aula, fui na farmácia e comprei um que a Somaya me indicou. Por isso, cheguei um pouquinho atrasada na aula, mas “no pasa nada”.

Cara, sabe aquele Friends que o Joey começa a ganhar dinheiro, muda de casa e aparece outro cara pra morar com o Chandler? Sabe o louquinho que mora com o Chandler? É meu professor! O mais engraçado é que fisicamente nem tanto, o que parece mais é o jeito, sabe? E não foi só eu! Desde ontem eu tentava lembrar com quem ele parecia. Hoje, quando lembrei, fui na mesma hora contar pra Ariely. Primeiro eu perguntei se ela gostava de Friends, na hora que eu falei “lembra de um que o Joey muda” pronto, ela começou a rir e disse que tinha achado o professor a cara dele! Claro que eu vou tentar tirar uma foto do professor mas, enquanto isso, relembrem o roommate maluco do Chandler.



Depois da aula, encontramos a Débora e a Patrícia e almoçamos num restaurante perto da escola. Pobrezita, a Débora chegou no domingo e as malas dela também foram perdidas e não chegaram até hoje! O restaurante era o self-service daqui, só que não tem balança. Eu comi uma salada de batata, outra de macarrão, tomate, ervilha, pizza e não lembro mais o quê. Eu sei que pode ser um pouco irritante ficar lendo o que eu comi sempre, mas é que minha mãe e minha tia perguntam isso seeempre, então eu sei que elas vão querer saber.

Ariely, eu, Débora e Patrícia


Depois do almoço, pegamos o metrô e fomos para a Igreja Sagrada Família. É uma Igreja muito linda. Ela começou a ser construída em 1882 e, um ano depois, Antoni Gaudí assumiu a obra. Ele trabalhou nela por quarenta anos, até morrer em 1926. Ele morreu de repente, foi atropelado por uma coisa que eu não entendi no filminho e agora não lembro o nome pra procurar no dicionário. O mais interessante é que a Igreja ainda está sendo construída, é cheio de andaime, de tela, uns negócios grandes que eu não sei o nome nem em português.





Ah, enfim, a Igreja é linda e tudo o mais, mas eu fiquei traumatizada. Explico: tem as torres, né? Tem um elevador pra subir e lá em cima tem uma vista linda. Lá no Brasil me disseram que é muito lindo e que vale a pena subir. Aqui, me disseram que “ah, pagar mais 2,5 só pra ir lá em cima?” A entrada era 10 euros. Eu queria ir de todo jeito pq tinham me dito que as escadas eram muito bonitas, arquitetonicamente falando, e eu acho o seguinte: se já estou lá, tem que ver tudo. Bem, todas subimos no elevador. Só que, na descida, é uma escadinha mínima que só cabe uma pessoa e o problema todo é que já estava escurecendo e era muito escuro! Primeiro que as quatro subiram e eu não pude entrar no mesmo elevador, tive que subir com duas japas mamadas, com mó bafo de cana! Quando cheguei lá em cima, fiquei com medo das japas me empurrarem, sei lá e eu cair, naquela escuridão. Primeiro tem uma parte aberta, muito bonita, a gente tirou foto e tals.

Daí pra descer de lá é que foi muito ruim. Eu não sei o que me deu, mas fiquei com medo de verdade, minha mão suava, mesmo com o frio todo que fazia e minhas pernas tavam meio tremendo. Aquela escuridão e eu querendo sair de lá de qualquer jeito... Ai, foi muito ruim, uma coisa muito estranha mesmo. Logo eu que nunca tive medo de altura!

Uma coisa legal é que eu descobri que a Sagrada Família é muito perto da minha casa, dá pra ir a pé. Outro dia volto lá, ou pra superar o trauma ou, pelo menos, pra comprar bugiganga na feirinha.


Ah, aconteceu uma coisa engraçada! Eu tava procurando uma bolsa com alça diagonal (nem sei se o nome é esse), mas queria porcaria mesmo, vou deixar pra comprar alguma melhor quando, e se, for em Andorra que é zona franca. Perguntei o preço, agradeci e já ia saindo, quando o cara falou: “Brasileira e não vai comprar, não acredito!”. Eu achei engraçado por dois motivos: primeiro que como será que ele soube que eu era brasileira? Tipo, sei que meu espanhol é ruim, mas eu falei duas palavras! Será que foi pela minha cara? E segundo pq olha a fama que a gente tem, né? De comprar tudo o que vê pela frente! No final das contas, eu voltei na loja pra comprar a tal bolsa e perguntei pra ele se foi pela cara ou pelo portunhol que ele soube. Ele tentou me enrolar, falando que todas “las brasileñas son guapas” e me cobrou 9,9 pela bolsa, quando na outra loja era 6. Guapa é as suas nega! Enchi o saco até ele baixar pra 6 euros. Aliás, eu já tenho uma bolsa com alça diagonal, mas a minha mãe reclama tanto que a bolsa é feia que eu não trouxe. Só que aqui é uma droga andar de bolsa normal pq tem muita roupa e daí a bolsa fica caindo toda hora e a gente ainda tem que carregar a pentelha da pasta da escola. Então, vai ser melhor eu escrever na testa que sou turista andando com a bolsa com Barcelona por todo lado, do que ficar com ódio da minha bolsa. E, pelo jeito, independente da bolsa e da máquina na mão, já sabem que eu sou turista e brasileña, então dane-se. Aliás, eu fico até orgulhosa de me reconhecerem assim, só não queria que o ladrão reconhecesse assim tão fácil...

Chegando em casa, jantei. Hoje teve sopa de camarão com macarrão (parece até trava-língua), torta de batata com ovo, salada e coxa de frango. Hoje o Jefferson foi embora, o brasileiro que ficava aqui. Foi uma pena, pq ele era uma companhia muito boa aqui na casa. Ontem chegou o Moisés, é um professor da Enforex de Salamanca e vai ficar só uma semana, fazendo um curso de professores. A gente aproveitou a despedida do Jefferson e tirou uma foto todo mundo.


Alina (russa), Dina (Uzberquistão), Ina (alemã), Natália (Uzberquistão) Eu e o Jefferson (brasileño).

Um comentário:

Anônimo disse...

Ju.....amei sua luva roxa!!!!
Saudades!!!!
Bjks Alê